A infância é o momento mais puro e doce de toda nossa vida. É durante ela que desenvolvemos nosso modo único de pensar, agir e sentir, e nela que passamos pelas experiencias mais adoráveis de nossas vidas. As crianças são nos seus dias feitas de esperanças, sonhos e um universo encantado, mas, podem ter tudo isso destruído muitas vezes por ganância dos pais.
Atualmente, os pais veem a cada dia tendo a ideia mais errada de que preparar os filhos para o mundo, é única e somente dar a eles tudo que houver de conhecimento escolar e afins. Contudo, não é bem por esse lado que as coisas realmente funcionam.
No Reino Unido, por exemplo, as famílias começam a preparar suas crianças a partir de seus 5 anos, para que aos 6 possam fazer testes que lhe permitam ingressar nas melhores escolas, o que faz com que seus pais achem, que seus futuro estão garantidos. O que poucos veem, é que esse sacrifício da infância em busca do ideal perfeito, muitas vezes mais fere a criança em si, do que de fato a ajuda no futuro.
Com essa ideia de perfeição, os pais acabam em muitas ocasiões querendo acelerar o crescimento dos pequenos, o que acaba deixando marcas, em sua maioria negativas. E a choque para aqueles, que acham que isso só se dá após as crianças crescerem e entrarem na escola, na verdade, essa aceleração acontece desde o útero, fazendo com que esses pequenos venham a sofrer de um estresse desnecessário.
Então, levando em consideração a atitude dos pais, as crianças acabam por crescer em ambientes de extrema competitividade, onde pode ser, que venham a ter a melhor educação e inúmeras atividades que possam auxiliar, mas, será que de fato, todo esse sacrifício vale a pena?
É necessário enxergar além do obvio, e perceber que nem sempre o que achamos positivos para os filhos, de fato será. As crianças são sim feitas de sonhos, e enquanto estão imersas neles, devemos partilhar do mesmo ponto de vista e o valorizar.
É necessário dar tempo aos filhos, os respeitar, ter amor e afeto. É essencial sermos cuidadosos, afinal, eles ainda são crianças, e não precisam carregar em suas costas, as responsabilidades de um adulto.
Ao colocarmos sobre os pequenos ombros desses pequeninos toda a responsabilidade que não é deles, acabamos por arrancar seus suspiros de alegria e as asas de suas imaginações, e acredite, não há crime maior do que roubar a infância de uma criança.
Deixe que eles corram, brinquem, briguem, se envolvam, façam inúmeras atividades se quiserem, ou se não quiserem, não façam nenhuma. Deixe que eles possam ter um pouco de independência e escolher realmente o que gostam e o que fazem eles felizes. É importante deixar que eles sejam protagonistas de suas vidas, que sejam curiosos e que sigam os fluxos de seus pensamentos, de forma natural e espontânea.
Diante essa realidade atual, onde a pressão sobre os pequenos só aumenta, movimentos em torno de uma criação mais consciente, realista e respeitosa, são cada vez mais difundidos.
Entre elas, há a chamada “slow parenting”, que em tradução literal é “pais sem pressa”, onde prega alguns conceitos que podem ser empregados para uma criação mais livre das crianças. Em suma, esse movimento reafirma a criação mais antiga, de crianças soltas, que colocavam as mãos na terra, que saiam para brincar e que acima de tudo eram livres para escolher o que queriam, o que atualmente, é cada vez mais escasso.
Essa abordagem respeitadora ainda foca em alguns aspectos educativos, que embora tenham seu embasamento no reforço positivo, tem alternativas que buscam manter um melhor equilíbrio. Conheça alguns pontos desse movimento a seguir:
Ou seja, se você realmente deseja criar um bom filho que possa no futuro guardar boa memorias de sua infância, deixe que eles vivam essa infância. Não seja um cobrador a todo momento, deixe que sejam livres e que possam sozinhos fazer os seus pequenos passos, afinal, criamos os filhos para o mundo.